O trabalho de combate aos incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, realizado pelo Corpo de Bombeiros, ocorre em diferentes áreas do bioma há 77 dias. Com a intensificação de focos de incêndio, há uma semana, as ações ganharam reforços da aeronave ‘air tractor’ – desde terça-feira (11) –, que lança água em locais de difícil acesso e ainda desempenha importante papel de reconhecimento das chamas. Pelos rios, os bombeiros atuam para resgatar ribeirinhos e também para chegar aos locais onde as chamas ameaçam residências.
No sábado (15), em outra área distante aproximadamente 30km de Corumbá, os bombeiros resgataram uma família de ribeirinhos – mãe e três filhos de 10 e 5 anos, além de um bebê de 12 meses –, que teve a residência cercada pelo fogo e não conseguiu sair. Os moradores foram levados para a cidade e as equipes conseguiram proteger a casa e extinguir as chamas.
Também no fim de semana, nas proximidades da cidade de Corumbá, uma equipe foi acionada pelo SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Campo Grande, para efetuar o monitoramento e combate do foco do incêndio florestal. O deslocamento para a área queimada ocorreu com uso de embarcação, para preservar pastagens e evitar a evolução do foco para outras áreas, e a equipe contou com apoio da aeronave ‘air tractor’.
Mas a vegetação densa, alta e muito seca favoreceu a propagação acelerada do fogo, tornando ineficazes os esforços das equipes, tanto por terra como pelo ar. As condições atmosféricas e do combustível presente provocavam a reignição dos focos combatidos, em poucos minutos.
Na mesma região, a equipe que foi posicionada na área de adestramento do Rabicho realizou combate ao incêndio florestal pela retaguarda, na região da Nhecolândia, com auxílio de fuzileiros navais para combate e no suporte logístico daquela operação.
Também na Nhecolândia, os proprietários das fazendas na região do Taquari colocaram maquinários e funcionários a disposição, o que permitiu o controle de vários quilômetros da frente de fogo que veio do Paraguai Mirim. Em outro ponto, à margem direita do Rio Paraguai, na região do Formigueiro, também é feito combate ao incêndio florestal.
Na atual fase da Operação Pantanal 2024, mais de 100 bombeiros e militares atuam em operações de combate aos incêndios, inclusive com o apoio do Exército e da Marinha. O incêndio em frente a captação d’água em Corumbá foi controlado há cinco dias o que melhorou a qualidade do ar na cidade, aliado às ações de combate em outros focos, que também eram responsáveis por dispersar a fumaça, que hoje (17) tem uma situação mais amena.
Na Barra do Rio São Lourenço, a guarnição da base avançada na região permanece em monitoramento de um incêndio florestal no estado do Mato Grosso. Por meio de imagens de drone, foi constatado que não há 48h as chamas não avançam para o Mato Grosso do Sul.
Na região do Forte Coimbra, uma guarnição em conjunto com os militares do exército, extinguiram do incêndio florestal, a outra guarnição segue no monitoramento do foco de incêndio presente na Bolívia, as margens do Rio Paraguai, onde foi constatado uma linha de fogo de aproximadamente 600m localizada a 4,5 km após a fronteira com o país vizinho.
As demais bases estão dedicadas ao monitoramento, prevenção e orientação junto à comunidade local, testes operacionais e manutenção de equipamentos, garantindo ações de resposta dos bombeiros.
Operação
As ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, tiveram início no dia 2 de abril – com a fase de prevenção – e no dia 15 de maio, pela primeira vez, foram começou a instalação de equipes do Corpo de Bombeiros em 13 bases localizadas em diferentes áreas no Pantanal.
Os locais servem de suporte para os bombeiros e equipamentos durante a temporada do fogo. No Pantanal, a instalação das bases avançadas ajuda a reduzir o tempo de resposta para aas ações de combate em locais remotos e de difícil acesso, além de contribuir no monitoramento das áreas localizadas na divisa com o estado do Mato Grosso e na fronteira com a Bolívia.
A atuação dos bombeiros faz parte de um plano abrangente do Governo do Estado para mitigar os dados dos incêndios florestais no Pantanal, devido ao alerta climático para todo o MS que registra chuvas abaixo da média desde dezembro do ano passado.
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Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: CBMMS
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