O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a defender nesta terça-feira (1º) a aprovação do PL 499/2025 . Esse projeto de lei, de sua autoria, torna obrigatória a realização de exames de rastreamento do câncer de mama, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em mulheres a partir dos 40 anos.
Em discurso no Plenário, o senador declarou que a recente decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de exigir a cobertura da mamografia pelos planos de saúde não elimina a necessidade de mudança na legislação.
Segundo ele, a inclusão do rastreamento mamográfico na faixa etária dos 40 a 74 anos pelas operadoras de saúde suplementar foi um avanço, mas não resolve o problema da grande maioria da população, que depende exclusivamente do SUS. Plínio citou estudos e dados de especialistas para reforçar a importância da detecção precoce da doença.
— Prevenir o câncer em mulheres nunca será despesa, muito pelo contrário. Além de dizer a elas que o governo, que nós, cuidamos delas, é preciso entender que isso é investimento — afirmou.
O senador criticou a alegação de alto custo como justificativa apresentada por representantes do governo para limitar o exame às mulheres com mais de 50 anos. Ele mencionou dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) segundo os quais cerca de 25% dos novos casos de câncer de mama no país ocorrem em mulheres entre 40 e 49 anos, o que justificaria o gasto. O parlamentar destacou ainda a importância das emendas parlamentares para o financiamento de ações de saúde, como a implantação do Centro de Prevenção do Colo do Útero (Cepcolu), em Manaus.
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