Na reserva indígena de Dourados, muitas famílias vivem a incerteza de não ter socorro em momentos de emergência. Sem uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) Indígena, cada chamado de urgência se torna um desafio. Para mudar essa realidade, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) solicitou a construção de uma estrutura para que a ambulância enviada pelo Governo Federal em abril de 2024 possa, finalmente, começar a operar.
O pedido foi encaminhado ao governador Eduardo Corrêa Riedel, ao prefeito de Dourados, Marçal Filho, e ao Secretário Especial de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Nascimento Costa. O pedido foi feito com base no documento enviado pelo vereador de Dourados, Franklim Schmalz da Rosa (PT), em que denuncia a paralisação do programa por falta de estrutura adequada.
Atualmente, o veículo permanece parado em Campo Grande, sem previsão para entrar em operação. Para a parlamentar, a instalação da base não é apenas uma questão administrativa, mas sim um compromisso com a vida e o bem-estar dos indígenas. “É essencial que o poder público una esforços para resolver essa situação. Não podemos permitir que um equipamento tão necessário fique inutilizado enquanto vidas estão em risco e precisam de atendimento imediato”, ressaltou.
A reserva indígena de Dourados é uma das maiores do Brasil e abriga milhares de indígenas das etnias Guarani-Kaiowá e Terena. Dentro dessa reserva, as aldeias Bororó e Jaguapiru concentram a maior parte da população indígena da região, com cerca de 20 mil pessoas vivendo em uma área de apenas 3,5 mil hectares. A falta de um serviço de emergência adequado compromete ainda mais as condições de saúde dessas comunidades, que já enfrentam inúmeras dificuldades para acessar atendimento médico quando necessário.
A expectativa é que as autoridades atendam ao pedido com urgência, garantindo que a base do SAMU Indígena saia do papel e comece a funcionar, oferecendo um atendimento mais digno e eficiente à população indígena da região.
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