Abordado pelo deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) na tribuna, saúde pública foi o tema de um dos debates da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), durante a sessão plenária desta quinta-feira (20). “Ao longo da história, as demandas de saúde sempre serão maiores do que o Poder Público pode oferecer. Lamentamos profundamente que isso aconteça no momento mais difícil e de vulnerabilidade”, considerou.
“Nem sempre é a falta do recurso, e sim a burocracia e sensibilidade de quem faz a gestão. A falta de atendimento primário pode levar a morte. E temos também as doenças raras, hoje há mais de 7 mil patologias catalogadas, dentre elas a distrofia muscular, ou Síndrome de Duchenne. Seis mães nos procuraram, que sofrem muito com seus filhos, essa doença atinge meninos entre um a 6 anos de idade, e se não houver o atendimento nesse período, não há esperança para o paciente”, explicou o deputado Professor Rinaldo Modesto.
Professor Rinaldo Modesto convidou todos para uma reunião com essas mães. “Na próxima segunda-feira, a partir das 14h, na sala multiuso ou outro local da Assembleia Legislativa, será realizada a audiência para receber essas mães. Essa doença causa fraqueza muscular progressiva, fazendo parar os movimentos voluntários e involuntários, que incluem a respiração e batimentos do coração. As mães estão aflitas e desesperadas”, lembrou.
“Essas mães nos procuram chorandos, a síndrome é semelhante à Esclerose Lateral Amiotrófica [ELA], atingindo um ponto de movimento apenas das pálpebras. E o remédio que só existe nos Estados Unidos não for feita até os seis anos, não há mais o que fazer pela criança. Recente decisão autorizou o pagamento pelo Ministério de Saúde a um menino de quase sete anos, é necessário correr contra o tempo para que essa dose única do medicamento seja aplicada”, concluiu Professor Rinaldo.
O deputado Lucas de Lima (PDT), presidente da Comissão de Saúde, também falou sobre a situação da saúde pública. “Importante esse assunto, ontem fomos procurados pelo secretário da Casa Civil do Governo do Estado, Eduardo Rocha, e uma das informações que recebemos é que os atendimentos primários tem ido para o Hospital Regional, e poderiam ser feitos em Unidades Básicas de Saúde [UBS]. Reformas estão sendo feitas, faremos uma visita in loco ao Hospital Regional. Estamos aqui para ouvir o povo. O Governo do Estado estará aqui nesta Casa para falar da situação, convido a todos para um debate na próxima segunda-feira (24), também às 14h", informou.
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